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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Brasil entra na rota das gigantes de games


Enfim, o Brasil está entrando no mercado de games global. O país, que até então era excluído do mapa das principais empresas do setor, recebe oficialmente nesta quarta-feira uma das gigantes do entretenimento: a americana Blizzard - provavelmente a desenvolvedora de jogos mais lucrativa do mundo. A empresa - criadora do título World of Warcraft, que conta com 12 milhões de assinantes e faturou 1,3 bilhão de dólares em 2009 - se estabelece no mercado nacional com um de seus principais títulos: StarCraft II: Wings of Liberty. O item chega às lojas de todo o mundo no dia 27 de julho e ganhará versão totalmente traduzida para o português. No segundo semestre será a vez da Sony iniciar suas operações de jogos em solo brasileiro.

A chegada de Blizzard e Sony beneficiará os jogadores brasileiros ao menos de duas maneiras. Além de ganhar acesso simultâneo aos lançamentos mundiais, os aficionados terão a facilidade de, enfim, encontrar títulos em língua portuguesa. Uma eventual redução de preços ainda não está confirmada.

O ataque das gigantes do setor não é gratuito. Ele acompanha o bom momento da economia nacional. “O Brasil foi muito bem economicamente nos últimos anos, especialmente para a Microsoft. O país foi superior aos outros escritórios da empresa no mundo e os bons resultados da multinacional fizeram com que outras companhias passassem a ver o Brasil com otimismo”, diz Guilherme Camargo, gerente de Xbox 360 para Microsoft - empresa que está no país desde 2006.

A própria Microsoft não fica atrás e se prepara para colocar na rua o Xbox 360 Slim, a rede on-line Xbox Live e o sensor de movimento Kinect. “O console está aguardando a certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), enquanto alguns jogos da Live estão esperando a classificação etária do Ministério da Justiça", explica. O Kinect, que não depende desses processos, deve chegar ao Brasil uma semana depois do lançamento mundial, no dia 4 de novembro.

Além dos ventos favoráveis na economia, o apreço dos brasileiros pelos games é outro motivo a cativar as empresas estrangeiras, segundo avaliação da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames). “A chegada dessas grandes empresas era uma questão de tempo. Elas estavam esperando o momento certo de investir no país, com base em uma comunidade forte de jogadores”, afirma Winston Petty, presidente da instituição.

Não há números recentes e oficiais sobre o tamanho do setor de games nacional. O último levantamento da Abragames estima que ele movimentou 87,5 milhões de reais em 2008. É pouco se comparado aos 60 bilhões de dólares movimentados no ano passado em todo o planeta. Mas pelo apetite com que as gigantes de games chegam ao Brasil, o futuro é promissor.

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