O presidente da Turquia, Abdullah Gul, usou seu perfil na rede social Twitter para condenar o bloqueio do site de vídeos YouTube e de outros serviços do Google no país.
O acesso ao site foi bloqueado pelo governo em 2008, após usuários postarem vídeos que insinuavam que o fundador da Turquia moderna, Kemal Ataturk, era alcoólatra e homossexual. Grupos de direitos humanos e associações de mídia há tempos pressionam o país, candidato a membro da União Europeia, para que promova uma reforma de suas restritivas leis de internet.
Em janeiro, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informou que a Turquia estava bloqueando cerca de 3.700 sites da Internet por razões arbitrárias e políticas.
"Sei que há muitas reclamações sobre as proibições ao YouTube e Google", disse Gul em mensagem do Twitter na quinta-feira. "Com certeza, sou contra o fechamento (dos sites). Já ordenei que as instituições responsáveis cheguem a uma solução. Pedi que haja uma mudança nas regras", afirmou.
Na Turquia, o papel do presidente da é em grande parte cerimonial, sendo que decisões executivas cabem ao primeiro-ministro e ao gabinete.
No começo do mês, o Conselho de Telecomunicações do país afirmou que bloqueou o acesso a sites do Google alegando razões legais. Entre as causas citadas estão ofensas como pornografia infantil, insultos a Ataturk e incitação ao suicídio.
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