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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Globo faz primeira exibição ao vivo em 3D da Copa do Mundo

Jogo entre Brasil e Portugal foi exbido na nova tecnologia em evento fechado que a emissora realizou em cinema da cidade de São Paulo....

A Rede Globo realizou nesta sexta-feira (25) a primeira exibição de um jogo de futebol em 3D da Copa do Mundo. A partida entre a seleção canarinho e Portugal pode ser vista na nova tecnologia em evento fechado no Cinemark do Shopping Eldorado, em São Paulo.

A exibição foi feita apenas para convidados e tratou-se da primeira no país. Anteriormente, a emissora já havia captado e transmitido o carnaval em 3D. Enquanto que a Band havia feito o mesmo com a Fórmula Indy. No entanto, o sinal da partida não estava aberto para os telespectadores, como acontece no canal pago da ESPN nos Estados Unidos.

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“Esta é uma demonstração de tecnologia”, explica Raymundo Barros, diretor da divisão de engenharia da Globo de São Paulo. Não se sabe ainda como será o modelo de negócio do 3D e nem seu padrão de transmissão. “Quando exibimos a tecnologia HD em 2006, nós tínhamos um roteiro muito claro do que iria acontecer no futuro. No 3D, nós não sabemos”, fala Barros.

E de fato era um evento experimental. A emissora sincronizou as imagens captadas em 3D com a narração de Galvão Bueno.

Desse modo, não havia câmera exclusiva ou replay em “slow motion”. Era possível ouvir Galvão chamar a imagem de Robinho ou o gol da outra partida (Costa do Marfim e Coreia do Norte), mas quem estava no cinema não via o que locutor anunciava. A Copa do Mundo, como vemos em casa, é captada por 32 câmeras. Em 3D, são oito câmeras colocadas em pontos diferentes daqueles que estamos acostumados.

Só que ninguém estava preocupado com Galvão Bueno. Todo mundo queria ver o jogo. O efeito de 3D foi sentido mais em câmeras colocadas na beira do campo e na mesma altura dos jogadores. Teve-se a sensação de profundidade na cobrança de um escanteio, em um passe de bola ou quando Júlio César bateu um tiro de meta. Planos médios, nem fechados e nem abertos demais, são os melhores para a nova tecnologia.

A câmera principal, colocada no alto, como nas transmissões normais, não permitiu uma verdadeira sensação de 3D. Os jogadores ficaram “chapados” e as linhas de contorno não estavam bem definidas. Era difícil, por exemplo, ler um número na camisa. Cenas em velocidade também ficavam embaçadas, com um leve arrasto. Se a imagem era cortada para um plano médio, a sensação era melhor, embora não se via a jogada toda.

“O arrasto tem ligação com a captação. Estamos acostumados com 60 frames por segundo e a captação em 3D é feita no padrão europeu de 50 frames por segundo”, diz o diretor de engenharia da Globo. A baixa definição nos contornos e o pixelado também têm explicação técnica. Segundo Raymundo Barros, “é por causa da compressão do sinal e da exibição dele em tela de cinema. Ele foi feito para a TV”.

De modo geral, os espectadores aprovaram a tecnologia. “Maneiríssimo. É de alta qualidade. Parece que você está no estádio”, comentou Eduardo Paiva, 21 anos. Perguntado sobre o que poderia melhorar, ele apontou o arrasto como problema, mas logo emendou: “Por ser um jogo do Brasil, a gente nem presta atenção direito no 3D”. As mulheres, por outro lado, deram gritos quando o jogo terminou e Cristiano Ronaldo tirou a camisa. Chegaram a falar: “Gente, eu preciso pôr os óculos para ver os músculos dele em 3D”.

Aurair Melo, de 65 anos, também gostou do 3D. Indagada sobre o que teve mais impacto: ver pela primeira vez uma TV em cores ou ver um jogo em 3D, ela apontou para a tela do cinema e disse: “excelente”.

Excelente não foi o desempenho da seleção brasileira. A torcida do cinema estava equipada com suas vuvuzelas e queria ver um gol em terceira dimensão. No entanto, como Dunga não é nenhum James Cameron, o espetáculo ficou no 0X0.

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